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    Futebol Internacional
    Um velho conhecido

    O último exorcismo do Flu de Diniz

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    O torcedor do Fluminense sentiu o gosto de ser campeão continental na última temporada, depois de anos de espera pelo momento. O troféu que faltava na galeria tricolor, entretanto, não afasta um fantasma que ainda assombra as Laranjeiras, e atende pelo nome de Liga Deportiva Universitaria. 

    A LDU talvez seja o principal algoz do Flu na América do Sul. As lembranças da torcida tricolor do rival equatoriano são as piores possíveis, com duas finais continentais perdidas. 

    O fatídico 02 de julho

    A Libertadores de 2008 nunca sairá da memória dos torcedores tricolores e não só: de quem gosta de futebol. O que jogou aquele time comandado por Renato Gaúcho foi brincadeira! 

    A campanha naquela Libertadores ficou marcada por atuações vistosas, como na vitória por 6 a 0 diante do Arsenal, de Sarandí, com direito a um golaço de Dodô, o Artilheiro dos Gols Bonitos. A própria LDU havia sido vítima na primeira fase. Nas oitavas, a classificação veio de forma dramática, com gol de Washington, o Coração Valente, já nos acréscimos, derrubando o São Paulo, de Muricy Ramalho, que seria tricampeão nacional. 

    Depois de eliminar o Boca Juniors nas semifinais, o Flu, então, foi decidir a Libertadores contra a LDU. A altitude de Quito jogou muito em favor dos equatorianos, que venceram a ida por 4 a 2. 

    Na volta, não haveria vantagem do gol marcado fora de casa. E isso fez toda falta. Thiago Neves teve uma atuação de gala e comandou a vitória tricolor por 3 a 1. O jogo foi para a prorrogação, e o experiente Luiz Alberto, que fazia dupla de zaga com o Monstro Thiago Silva, acabou expulso já perto do fim por evitar que o "endiabrado" Guerrón desse a vitória para a LDU antes do tempo. 

    A decisão, nos pênaltis, foi a mais frustrante da centenária história tricolor. José Cevallos jamais esqueceria a noite do dia 02 de julho daquele 2008, no Maracanã. Já em reta final da carreira, o ex-goleiro da seleção equatoriana brilhou nas cobranças de pênalti, calou o Maraca e deu o inédito título para a LDU. 

    Ano novo, velho fantasma

    Em 2009, o Fluminense passou por uma reformulação geral no elenco que perdeu a Libertadores do ano anterior. Nomes como Thiago Silva, Thiago Neves, Dodô e Washington deixaram as Laranjeiras e abriram espaço para a chegada de novos ídolos. O Fluminense de Gum, Conca e Fred, que anos mais tarde dominaria o Brasil, começou a surgir. 

    O ano não foi nada fácil nas Laranjeiras: no Campeonato Brasileiro, o Flu ia mal das pernas. Era dado como rebaixado. Matematicamente, tinha 99% de chance. Mas o 1% de esperança fez toda a diferença para os Guerreiros Tricolores, alcunha que permanece até os dias atuais. 

    Ao mesmo tempo em que iniciava a reação no Brasileirão, o Tricolor ia longe na Sul-Americana. Depois de, ainda vivendo momento turbulento, eliminar o Fla, no Maracanã, ajudado pela regra do gol fora, apesar de o estádio ter sido o mesmo Mário Filho nos dois jogos, o Flu engrenou. 

    Com campanha sólida, deixou pelo caminho Alianza Atlético, Universidad de Chile e Cerro Porteño. Até encontrar na final o carrasco do ano anterior, a mesma LDU que calou o Maracanã. 

    A altitude de Quito, mais uma vez, jogou a favor dos equatorianos, que venceram a ida por 5 a 1. Mas os tricolores foram tão guerreiros quanto no Campeonato Brasileiro, e abriram um, dois, três a zero no Maracanã. A pressão foi tamanha pelo quarto gol. Mas a bola não entrava. A verdade é que o torcedor viu aquele jogou várias outras vezes depois, ainda acreditando que o quarto gol ia sair. Mas não saiu. Fred acabou ainda expulso, após discutir com o polêmico árbitro Carlos Amarilla. A LDU, mais uma vez, calou o Maracanã, e conquistou a Sul-Americana diante do Fluminense. 

    Números são favoráveis

    Apesar de todo o drama de duas decisões perdidas no Maracanã para o rival desta noite, o Fluminense leva vantagem no histórico de confrontos contra os equatorianos. São oito jogos no total por competições oficiais: quatro pela Sul-Americana, quatro pela Libertadores. Quatro vitórias tricolores, três da LDU e um empate. Cada lado marcou 12 gols. 

    A última vez que Fluminense e LDU se enfrentaram foi em 2017, pelas oitavas da Copa Sul-Americana. O Tricolor venceu por 1 a 0 no Maracanã e avançou mesmo após perder por 2 a 1 em Quito: o gol fora de casa, dessa vez, contou a favor. Pedro, hoje no Flamengo, marcou, no finalzinho, o gol da classificação carioca. 

    Se falarmos entre confrontos entre o Flu e equipes equatorianas, a vantagem é bem maior. São 16 encontros no total, novamente divididos meio a meio entre Libertadores e Sul-Americana, com nove vitórias tricolores, três empates e quatro triunfos equatorianos. São 28 gols a favor do Tricolor e 18 contra. 

    Fora a LDU, apenas uma equipe equatoriana conseguiu vencer o Fluminense na história: foi o Emelec, nas oitavas da Libertadores de 2013, por 2 a 1. Ainda assim, os cariocas se recuperaram na volta e avançaram. 

    Na noite desta quinta-feira, às 21h30, o Fluminense vai voltar a entrar em campo no estádio Casa Blanca, na altitude de Quito, no jogo de ida da Recopa Sul-Americana, em busca de começar a exorcizar o fantasma da LDU. 

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