Era meia-noite no Brasil, e meio-dia em Tóquio. O torcedor gremista não quis saber: quem não foi a Tóquio, ficou acordado para acompanhar o jogo contra o Hamburgo, que consagrou de vez Renato Gaúcho e colocou o Tricolor no topo do mundo.
A partida era a final da Intercontinental, considerada o Mundial de Clubes na época. O campeão europeu enfrentava o campeão sul-americano. O jogo foi equilibrado...
O brilho de Renato
Apesar da forte marcação alemã, o bom toque de bola brasileiro envolvia e conquistava o público japonês. A categoria de nomes como Mário Sérgio, Tarciso, Paulo César Caju e Renato Gaúcho dominava a partida.
O grande desequilíbrio acontecia na ponta direita quando a bola chegava a Renato, muitas vezes em lançamentos de Mário Sérgio. O camisa 7 deixava a defesa alemã confusa.
Mas foi depois de uma bola em profundidade de Paulo César Caju que Renato fez a diferença. O ponta chamou Holger Hieronymus para dançar, entortou o zagueiro e bateu forte para abrir o placar.
Mão na taça
O gol deixou o Tricolor com uma mão na taça. No segundo tempo, a equipe comandada por Valdir Espinosa conseguia ter muito espaço nas costas da defesa inimiga para jogar.
Renato seguiu infernizando Hieronymus e chegou a reclamar de pênalti do defensor alemão. Nada marcado, e o Hamburgo continuou vivo, embora sem muita saída para o jogo.
Foi só depois de muito sufoco na defesa que a equipe alemã conseguiu encaixar mais ataques e fazer Mazarópi trabalhar. Até que, faltando cinco minutos para o fim, Felix Magath cobrou falta na área, Jakobs desviou para o meio e Schröder completou para deixar tudo igual.
O campeão saiu na prorrogação, e Renato, mais uma vez, colocou a bola debaixo do braço para resolver. O ponta recebeu de Caio na área, dominou com a direita, ajeitou para a esquerda e bateu no cantinho: 2 a 1. O mundo era tricolor!
1-2 Pro. | ||
Michael Schröder 85' | Renato Gaúcho 37' 93' |